Falando sobre a escolha amorosa
- ponteswaleska
- 6 de set. de 2021
- 2 min de leitura
O que está por trás de nossas escolhas amorosas?
Tem o que é consciente e o que está por trás, ou seja, inconsciente, que tem uma função complementar. Quando dizemos: “Quero alguém que me complete!”, ou seja, o “outro(a)” tem que corresponder as minhas expectativas.
“Quero que o outro me faça feliz!” – quer dizer que eu não consigo ser feliz e mantenho a expectativa que o outro, faça isso por mim.
A verdade é que geralmente caímos na construção de uma imagem estereotipada do parceiro(a) perfeito, quando estamos apaixonados. Pois construímos esta imagem carregada de projeções, as quais são impossíveis de serem realistas, pois ninguém consegue corresponder totalmente a expectativa do outro.
Numa visão mais sadia, nós diríamos “Quero ser feliz com o outro! Quero construir minha felicidade com um parceiro”.
Fato é que estamos eternamente buscando a complementariedade, nessa busca da plenitude. Contudo não podemos achar que o “outro” tenha que chegar para preencher nossas carências.
Muitos acabam não conseguindo viver sem ter um relacionamento, pois são viciadas em ter um companheiro, e dessa forma vivem a vida do outro, para não ter que olhar para a própria vida, para seus conflitos pessoais. Caindo no equívoco do que seja viver a dois!
Toda vez que me conheço pouco, mais inconsciente está esse esquema de me relacionar no amor, e mais forte e autônomo está esse esquema de projeções assumindo minha vida e minhas escolhas.
Acabamos acreditando que o outro é que tem o poder de me complementar, que necessito do outro para suprir minhas necessidades, e dessa forma esse relacionamento estará fadado ao fracasso. Isso é um funcionamento primário muito primário da Psiquê.
Se eu estiver ligado no meu desenvolvimento pessoal, conseguirei ver e aceitar o outro de forma mais realista, com suas potencialidades e também com suas limitações, sem aquela avalanche de projeções. E desta forma o outro terá espaço para ser ele mesmo e eu também, para criarmos juntos uma relação mais saudável psico emocionalmente falando.
Waleska Gatti



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